sábado, 21 de fevereiro de 2009

Silva Porto

A propósito do post anterior: Antigamente, o Kuito chamava-se Silva Porto.
Isto deve-se às aventuras de outro portuense em África
António Francisco Ferreira da Silva acrescentou ao seu nome o apelido Porto, por ter sido a cidade onde nasceu (qualquer dia faço isso).
Muitos anos antes dos exploradores do post anterior, também Silva Porto tentou atravessar África de um lado ao outro.
Apesar de não o conseguir, a ele se ficou a dever um melhor conhecimento desta zona no meio de Angola.
Foi o fundador da povoação de Belmonte, em 1847, depois chamada Silva Porto e actual Kuito, capital da província Bíé.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Exploradores

Apesar da presença portuguesa no litoral, até ao final do século XIX o interior de Angola era um mundo desconhecido.
Vendo os seus "direitos" ameaçados por outras potências europeias (sobretudo a Inglaterra), Portugal vê-se na necessidade de demonstrar conhecimento sobre esse território, no sentido de o poder reclamar para si.
Nesta altura é criada a Sociedade de Geografia de Lisboa, com o objectivo principal de fazer o reconhecimento do território em diferentes aspectos das ciências naturais e efectuar o mapeamento do interior do continente africano.
Nesta aventura destaca-se o feito de Roberto Ivens e de Hermenegildo Capelo que, de Abril de 1884 a Junho de 1885 atravessaram todo o continente africano, desde o Namibe (Angola) até Quelimane (Moçambique).

Ao longo de toda a viagem, Roberto Ivens escreve, desenha, faz croquis, levanta cartas; Hermenegildo Capelo recolhe espécimes de plantas, rochas e animais."

Outro nome em destaque é sem dúvida o de Serpa Pinto que, poucos anos antes atravessou as bacias do rio Congo e do Zambeze, em terras que agora são partes de Angola, Zâmbia, Zimbabwe e África do Sul.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Kuito - Lado Lunar

Fora da Avenida Central a cidade muda.
Balas, buracos, crateras...
O Kuito foi das cidades mais atingidas pela guerra civil e, aqui, os esforços de reconstrução não são tão evidentes.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Kuito

O Kuito é a capital da Província do Bié.
Apesar de ser capital de província, é uma cidade bastante pequena.
Uma simpática praça central, uma avenida principal, meia dúzia de edifícios públicos... e pouco mais.
Fazendo uma linha horizontal do litoral para o interior, o Kuito ainda nem está a meio de Angola.
Como será a metade que ainda falta?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Estradas?

Fevereiro: época das chuvas no planalto central.
Algumas das estradas pelas quais tenho de passar transformam-se em autênticos lamaçais.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Lá em cima no Huambo

No início do século XX não havia nada a que se pudesse chamar de “cidade” no centro de Angola.
Como os ingleses andavam a montar a linha do caminho-de-ferro, endereçavam as suas cartas para “Pauling Town”.
Em 1912, o General Norton de Matos, para marcar bem o domínio português nessa região, decidiu criar aí a cidade do Huambo.
Em 1927, o então governador Vicente Ferreira mudou-lhe o nome para Nova Lisboa, onde pretendia instalar a nova capital de Angola (o que nunca veio a acontecer).

O Huambo foi também um dos principais palcos da guerra civil, em meados dos anos 90.
A cidade foi quase completamente arrasada.
No entanto, os esforços na sua reconstrução são evidentes e, para mim que apenas conheci o Huambo agora, dificilmente me apercebo das marcas da guerra.
"As ruas que já foram frentes de batalha são hoje cenário da reconstrução vertiginosa da cidade. Ainda há três anos, eram chagas urbanas abertas por balas."

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Um passado presente

Enquanto os tanques já não funcionam, há vestígios da guerra que continuam activos: as malditas minas.
Por toda a parte...
Nem pensar em ir fazer xixi na berma da estrada.

Um passado passado

No planalto central, é frequente passar em estradas ladeadas de carcaças de tanques e outras máquinas de guerra.
Estas felizmente já não servem para matar.